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quinta-feira, abril 18, 2024

Mapa de ONG francesa mostra as principais barreiras físicas do mundo

A 0rganização não-governamental francesa Migreurop elaborou o mapa das principais barreiras políticas e físicas do mundo, já existentes ou em projeto – muitas delas destinadas a tentar conter fluxos migratórios.

Clique aqui para acessar o mapa (em pdf)

No mapa, as linhas vermelhas indicam barreiras destinadas especialmente para prevenir ou controlar a imigração – entre elas estão figuram os muros entre México e EUA, nos enclaves espanhóis no Marrocos (Ceuta e Melilla), e entre Turquia e Grécia. Já as linhas em verde representam as barreiras políticas, como as existentes entre os territórios palestinos e Israel e a zona de fronteira entre as Coreias do Norte e do Sul.

Barreira erguida na fronteira México-EUA, entre as cidades de Tijuana e San Diego. Crédito: Tomas Castelazo/Wikimedia Commons
Barreira erguida na fronteira México-EUA, entre as cidades de Tijuana e San Diego.
Crédito: Tomas Castelazo/Wikimedia Commons

Mas o mapa também apresenta barreiras anti-imigração em países dos quais pouco se ouve falar a respeito do tema – como entre o sultanato de Brunei e a Indonésia; na fronteira entre Uzbequistão e Afeganistão, e a que separa Índia e Bangladesh (sem falar em outras barreiras já em curso ou em projeto).

O mapa chama ainda a atenção para o total de barreiras físicas criadas desde 1989 (quando caiu o muro de Berlim), pulando de 15 para 45 em 2011 – em um ritmo que ganhou maior impulso especialmente após os atentados de 11 de Setembro de 2001.

O Muro de Berlim caiu em 1989, mas de lá para cá o número de barreiras políticas e anti-imigração só aumentou. Crédito: Rodrigo Borges Delfim
O Muro de Berlim caiu em 1989, mas de lá para cá o número de barreiras políticas e anti-imigração só aumentou.
Crédito: Rodrigo Borges Delfim

Para quem esperava um mundo “sem barreiras” após o fim do símbolo máximo da divisão global nos tempos de Guerra Fria, esses números e fatos traduzidos em concreto e arame farpado representam, no mínimo, uma grande frustração e prova do retrocesso experimentado pelo mundo nas últimas décadas.

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