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quinta-feira, março 28, 2024

O Haiti está aí: só não vê quem não quer…

No último domingo, duas das maiores emissoras de TV do país dedicaram espaço na programação para reportagens sobre haitianos.

Em uma deles, na Record, o apresentador Gugu Liberato ajudou um haitiano que imigrou para o Brasil após o terremoto de 2010 a reencontrar e trazer para cá todo o restante da família. No começo da matéria, um breve resumo do que aconteceu ao país nos últimos anos. Abaixo, o link para o programa:

http://entretenimento.r7.com/programa-do-gugu/videos/gugu-ajuda-familia-do-haiti-e-da-apartamento-no-brasil/idmedia/50a974d192bb08683d234af2.html

No outro, retratado pelo programa Fantástico, da Globo, conta a história do menino haitiano que foi largado em dezembro de 2009 por traficantes de pessoas na estação Corinthians-Itaquera do metrô de São Paulo. Foi resgatado por um abrigo para menores, no qual ficou até reencontrar a mãe neste ano. A reportagem pode ser vista também por meio do link a seguir:

http://tinyurl.com/aparpxc

O caso do garoto abandonado em São Paulo é emblemático em vários sentidos: no drama que vivem aqueles que são vítimas do tráfico de pessoas; na emoção pelo final feliz de uma história que nem sempre acaba bem; e pela burocracia internacional que marcou e prolongou ainda mais o desfecho da história.

Como bem citou o repórter Marcelo Canellas, “o que se viu foi um inacreditável jogo de empurra, sabotando a urgência de uma criança”. Promessas não cumpridas pelo lado francês e exigências absurdas pedidas pelo governo haitiano imobilizavam os esforços da terceira vértice do triângulo, representada pelo Brasil.

Ao final, o menino enfim pode reencontrar a mãe e passar a viver com ela na Guiana Francesa. O caminho físico e burocrático foi finalizado, mas a superação dos traumas causados pelo longo período de separação representam um longo percurso ainda pela frente.

Essa segunda história deveria nos fazer pensar: quantos casos semelhantes a esse não acontecem mundo afora? Podem mudar as nacionalidades, os países envolvidos, o tempo de separação, a maior ou menor burocracia, entre outros fatores. Mas relatos como o do garoto haitiano ajudam a abrir os olhos para uma realidade e um problema que somente poderá ser combatido de fato com cooperação e esforços humanitários internacionais conjuntos – atitudes estas que demoraram a aparecer no caso envolvendo Brasil, Haiti e França.

Com um tema tão atual e que já se faz presente no noticiário brasileiro, ainda há quem critique o tema da redação do Enem deste ano…

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